Azeite: dieta que
prolonga a vida
Azeite de Oliva e a
sua saúde
Eles vivem mais, e não importa a que
classe social pertençam.
Mesmo os de classes mais
humildes, por vezes sem possibilidades
de cuidar adequadamente da saúde,
possuem expectativa de vida considerada
uma das mais altas do mundo: 80 anos. E
não é só: a população tem menores
índices de doenças cardiovasculares e
câncer. Os gregos são assim. Mas o que
explica essa capacidade de resistir e
viver melhor? Para muitos a resposta
sempre foi clara: a dieta mediterrânea,
com base no consumo generoso de azeite
extra virgem faz toda a diferença. Agora
pesquisadores começam a dar razão ao que
antes estimulava a admiração mas não
passava de aparente folclore.
Não são apenas os gregos, no entanto, os
privilegiados da badalada dieta.
Espanhóis, franceses, italianos,
egípcios, israelitas, marroquinos e
líbios também pertencem à região. Há
diferenças, contudo.
Um exemplo: na Ítala e Espanha o consumo
de azeite pela população é de
aproximadamente 15-20g por pessoa
diariamente. Na Grécia o consumo é o
dobro.
A avaliação destas peculiaridades indica
que estas diferenças nos hábitos
dietéticos dos povos do Mediterrâneo são
coerentes com o fato de que os azeites
parecem ter diferentes atributos
dependendo da região de origem o que
leva à suposição de que o consumo de
qualquer azeite como elemento de
prevenção não parece suficiente. Nem
basta seguir a chamada "dieta
mediterrânea". O azeite grego tem suas
qualidades específicas.
O que há de especial?
Cientistas tentaram definir o que tem o
azeite grego que o torna tão especial
para a saúde. Informações foram
reunidas, estudos e pesquisas realizados
e as pessoas começaram a falar sobre o
produto. Hipócrates,contudo, o pai da
Medicina, repetidamente se havia
referido em seus trabalhos aos atributos
benéficos do azeite de oliva à saúde de
modo geral.
Pesquisas científicas atuais sobre
nutrição reconhecem que a dieta grega
está entre as mais saudáveis do mundo.
Azeite de oliva, rico em gorduras
monoinsaturadas, é responsável por este
excelente crédito de saúde. Em poucas
palavras, o azeite de oliva reduz o
risco de doenças cardíacas por diminuir
o colesterol HDL (mau colesterol) que
contribui para o desenvolvimento de
depósitos de gordura nas artérias. Por
sua vez, ele permite que o HDL (bom
colesterol) trabalhe para remover
quaisquer depósitos que tenham ocorrido.
Comprovação de estudos
Estudos publicados também fazem ligação
do uso criterioso do azeite de oliva com
a redução do efeito de uma lista
crescente de enfermidades.
Mulheres gregas, por exemplo, têm 42%
menos incidência de câncer de seio que
as americanas.
Azeite de oliva é reconhecido por sua
importância na manutenção do metabolismo
e contribuir para o desenvolvimento do
cérebro e ossos das crianças. É ainda
recomendado como fonte de vitamina E
para idosos.
Antioxidante natural, o azeite retarda o
processo de envelhecimento.
Retarda, também, a excessiva produção de
ácido no sistema digestivo, diminuindo o
potencial de úlceras e outros problemas
gastrointestinais.
Estudo em 28 países
O azeite de oliva é, claramente, não
apenas rico em suas miraculosas
qualidades como não possui mais calorias
que outros óleos. Novo estudo feito por
pesquisadores da Universidade de Oxford
e publicado recentemente acrescenta que
o azeite de oliva, um dos esteios na
dieta mediterrânea, é tão bom quanto
frutas frescas e vegetais na prevenção
do câncer.
O Dr. Michael Goldacre e equipe de
pesquisadores do Instituto de Ciências
da Saúde da Grã Bretanha comparou as
médias de câncer, dietas e consumo de
azeite de oliva em 28 países incluindo
Europa, Inglaterra, Estados Unidos,
Brasil, Colômbia, Canadá e China. Países
com dieta rica em consumo de carnes e
pobre no uso de vegetais tiveram as mais
altas médias de enfermidades e o azeite
de oliva foi associado com riscos
decrescentes.
|